Você sabia que dia 11 de Junho de 2011 é dia mundial de tricotar em público (ou no original, Worldwide Knit In Public Day)? Vou contar uma história para provar que qualquer lugar e hora podem ser usados para colocar as agulhas em movimento.
Tricotando no carro
Tricotando no carro
Em São Paulo, já vi muita cobradora de ônibus tricotando ou fazendo crochê. Em uma viagem recente, vi uma taxista tricoteira. E é essa a história que vou contar.
Peguei uma vez um taxi compartilhado. Na hora em que abri a porta, a primeira surpresa – era uma taxista de uns 55 anos. Sentei no banco da frente e depois de me ajeitar, colocar o cinto de segurança, arrumar  e todas as coisas que carregava, percebi um um fio de lã passando pelo pescoço dela. Fui então seguindo o fio e vi que ele terminava dentro de uma sacolinha de nylon amarela, pendurada no câmbio do carro. Não resisti e perguntei se era tricô. Acertei em cheio (ufa, não passei vergonha!). No primeiro farol, ela abriu a sacolinha para me mostrar o que estava fazendo. Era um pullover cinza, com dois tipos de pontos – e a receita, ela pegou da internet.
Tricotando no carro
Começamos então a “tricotar”, no outro sentido da palavra, e seguimos a viagem trocando dicas de sites, lojas e armarinhos, tipos de agulha, variedades de lãs, etc. Ela comentou que era do tipo que tricotava vários projetos ao mesmo tempo. Mas que gostava mesmo era dos fáceis, tipo toalhinhas de mão, que ficam prontas no mesmo dia. Ou até mesmo meias. Mas o melhor foi ela ter contado que tinha um quartinho craft em casa cheio de lãs espalhadas pelo chão. E que quando precisou trocar o tapete, não sabia onde colocar tudo aquilo e acabou guardando temporariamente na banheira. Fiquei imaginando a cena de uma banheira entulhada de novelos, sonho de qualquer fanática dar uma metgulho hehehe. Ela também comentou que gostava de tricotar com fibras exóticas, como alpaca, lhama e búfalo, mas fazia isso raramente, porque os novelos podiam chegar a custar 50 ou até mesmo 100 dólares! Acabamos chegando no meu destino e o papo parou por aí mesmo. Deixei meu email e pedi que me mandasse a foto assim que o casaquinho ficasse pronto! Vamos ver se ela lembrará.
Mas esta história foi só para falar do dia de tricotar em público.
Se você já sabe, vá até algum lugar público (sozinho ou não) exibir seus dotes. Vale padaria, barzinho, parque, banco da praça, praia, ponto de ônibus, shopping, praça de alimentação, fila de cinema ou aonde mais você conseguir um cantinho para tricotar em paz.
Para os inexperientes, ainda dá tempo. Dêem uma olhada nas aulas de tricô que publicamos, e pratique as primeiras carreiras. Ou junte-se a amigos que sabem e preça uma mãozinha. Nada melhor do que aprender com quem sabe das coisas.
Depois contem para a gente quais foram as reações. Alguém se interessou? Pararam para perguntar? Ouviu algum comentário?
A gente também vai contar como foi o nosso dia de tricotar em público, tá?